Robinson promete não olhar o retrovisor, e deseja pacto político

Governador eleito propõe reunião com a bancada federal antes da posse em janeiro.


Robinson disse que vai marcar uma reunião com a bancada federal e estender às mãos aos adversários.
O governador eleito Robinson Faria (PSD) disse que vai começar o governo dando uma resposta ao povo que o elegeu e não olhando pelo retrovisor. 
O vice-governador afirma que não vai pedir tempo para arrumar a casa. “Vou quebrar um paradigma e vou começar mostrando mudança”, afirma Robinson.
Robinson diz que se assumiu o risco de ser governador vai ter que ousar e acertar. “Confio na minha futura gestão. Eu me preparei para ser governador”.
Em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM, Robinson disse que deseja se reunir com a bancada federal antes da posse, e vai estender a mão aos adversários. “Não se faz política com ódio, não tenho inimigos, e sim adversários”.
Se for pelo bem de ações em favor do Estado, Robinson diz que não vai deixar de procurar Henrique Alves, Garibaldi Alves Filho e José Agripino, que foram seus adversários.
Robinson falou ainda sobre seu plano de governo e como pretende administrar o Rio Grande do Norte.
Equipe de Transição
A transição entre o governo de Rosalba Ciarlini e Robinson Faria começa formalmente nesta segunda-feira (3). Para Robinson, esse processo vai se dar em clima de harmonia. Rosalba já me ligou e disse que vai colaborar com as informações.
Não houve entendimento político, mas o governador eleito garante que não há clima de hostilidade com a Governadora. “Estou tranquilo, pois confio na equipe de transição e no clima de boa vontade do governo”.
Entre os nomes que compõem a equipe de transição estão o de Fernando Mineiro, que foi convidado pessoalmente por Robinson, e o PT indicou o nome de Adriano Gadelha. Também farão parte Tatiana Mendes Cunha e o vice-governador de Robinson Faria, Fábio Dantas, que será o coordenador da equipe.
A Caixa Econômica Federal ainda vai indicar um nome e a UFRN outro. Até o início da tarde estes nomes serão divulgados.
A meta é fazer um levantamento da folha, dos serviços terceirizados e da dívida ativa. Robinson ressalta que fará um governo técnico e quanto às críticas em relação ao assunto, ele diz que “aguardem os resultados”.
“Só salvaremos o estado se tivermos uma equipe com planejamento, vou montar um núcleo de pensadores e convocar a Sociedade Civil para governar comigo. Vamos montar um grupo de colaboradores que vai ajudar o estado a se preparar paras as próximas gerações e não para próximas eleições”, fala Robinson.
Participação do PT no Governo
Robinson Faria reconhece a importância do PT na sua eleição e diz que a campanha foi coerente. “O PT foi meu parceiro total, não seria governador se não tivesse tido o apoio do PT. A aliança foi importante para mim e para Fátima Bezerra”.
O governador eleita fala que a vitória foi completa, elegendo ele e Fátima e reelegendo Dilma Rousseff.
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PMDB

Sobre a possibilidade de procurar o PMDB, o Robinson diz que política não se faz com ódio, e que esse ódio faz parte dos caciques do estado que foram derrotados.
“O povo não suportar mais o estilo radical. Conversarei com todos os políticos, não tenho inimigos, e sim adversários. Vou governar para todos os municípios e serei um governador municipalista”.
Robinson disse que vai marcar uma reunião com a bancada federal e estender às mãos aos adversários e não será por causa da campanha arredia que vai deixar de procurar Henrique Alves, Garibaldi Alves Filho e José Agripino, que foram seus adversários.
“Vou lutar para ser o melhor governador do RN. Nunca houve na historia do Rio Grande do Norte uma eleição tão desproporcional , em muitas cidades não tinha palanque para subir”, destaca Robinson Faria.
Assembleia Legislativa
Robinson Faria diz não se assusta por não ter maioria na Assembleia Legislativa. Ele fala que vai partir dos 8 deputados – da base aliada – para costurar a bancada na Assembleia. “Não tenho receio porque não tenho inimigos. Todos me conhecem e sabem que sou de fácil diálogo”.
Sobre a eleição da mesa diretora, Robinson diz que os deputados ainda irão dialogar. “A Assembleia é um colegiado é tem que ter um presidente que tenha liderança sobre o colegiado. Em relação aos demais poderes, vou cumprir o que manda a legislação”.
Em relação à questão orçamentária, ele diz que nada será judicializado, e vai cumprir o que reza a carta magna federal.
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Cortes nos Poderes

Sobre os cortes nos poderes, Robinson Faria fala apenas em corte no Executivo e garante que se for preciso estabelecer cortes, isso não quer dizer que vai cortar os direitos do servidor que serão parceiros da sua gestão.
“Só posso responder pelo Executivo e o estado deve ter competência para buscar projetos e planejamentos. Vou fazer um governo com transparência, vamos renegociar as dívidas, não podemos ser um estado caloteiro”.
Folha de pagamento
Sobre o pagamento da folha, Robinson fala que sua intenção é cumprir o pagamento do servidor em dia e devolver a ele a autoestima e vontade de trabalhar com prazer.
Para evitar a crise, o governador eleito afirma que é preciso planejar, e que tem setores que não faltam dinheiro e sim gestão. “Vou fazer um Central de compras única para dá transparência e a sociedade fiscalizar”.
Prioridades
As prioridades de Robinson são Segurança e Saúde. Na Segurança Pública, ele disse que vai estabelecer um compromisso com a Polícia Militar de plano de carreiras e promoções, mas também vai estabelecer metas e cobrar que a população tenha uma resposta na rua.
Na Saúde ele vai acabar com indicação de diretores de hospitais, que agora terá que ter um perfil técnico. Governador vai cumprir o compromisso de campanha de ir para o Walfredo e hospitais regionais para ver in loco a situação de cada um.
Secretariado
O secretariado deve ser anunciado de forma gradual a partir de dezembro. Robinson garante que a equipe de transição não é uma sinalização de equipe de governo. 
Fonte - nominuto.com

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