MINAS GERAIS: CAIXINHA DE DOAÇÃO IRONIZA PROCURADOR QUE RECLAMOU DO SALÁRIO DE R$ 24 MIL


Cartaz faz referência ao áudio em que procurador chama salário de R$ 24 mil de "miserê". Foto: Reprodução

Após a polêmica declaração do procurador do Ministério Público de Minas Gerais Leonardo Azeredo do Santos, que classificou o salário líquido recebido por ele, de R$ 24 mil de “miserê”, um criativo protesto chamou a atenção em uma rua no bairro da Pampulha, em Belo Horizonte. Um cartaz com os dizeres “Ajude o procurador do MPMG sair do miserê” apareceu colado a uma caixão de papelão que indica um local para doação. O autor da iniciativa é o advogado Mariel Marra.
A fala do procurador ganhou grande repercussão depois da divulgação de áudios em que ele afirma estar vivendo à base de ansiolíticos e antidepressivos por conta da “baixa remuneração”. Durante uma reunião do colegiado do MPMG, que discutia o Orçamento de 2020, Leonardo criticou os valores recebidos pelos membros do órgão. “Quero saber se nós, no ano que vem, vamos continuar nessa situação ou se vossa excelência já planeja alguma coisa, dentro da sua criatividade, para melhorar nossa situação. Ou se vamos ficar nesse miserê”, afirmou Leonardo.
Entretanto, o salário de Leonardo é na verdade maior do que R$ 24 mil. Segundo o portal da transparência de Minas Gerais, ele recebe um salário bruto de R$ 35.462,22. Mas contando com indenizações e outras remunerações, o valor pode ficar bem maior. Em julho, por exemplo, Leonardo recebeu indenização de R$ 9.008,30, além de remunerações retroativas/temporárias de R$ 32.341,19. Com os acréscimos, a remuneração paga a ele no mês foi de R$ 65.152,99.

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