"OPERAÇÃO 142": PF apreendeu plano com assessor de Braga Netto que previa que Lula não subiria rampa


General Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente em 2022 - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
General Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente em 2022 - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Polícia Federal apreendeu com um assessor do general Braga Netto, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2022, um manuscrito batizado de ‘Operação 142’ que tinha como objetivo final que Lula (PT) não subisse a rampa do Palácio do Planalto após a vitória na eleição presidencial. O conteúdo está no relatório final da PF do inquérito sobre a tentativa de golpe, divulgado nesta terça-feira (26).

O documento estava em uma pasta denominada “memórias importantes” e estava na sede do Partido Liberal (PL), na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general Braga Netto.

A Operação 142 – uma referência ao artigo 142 da Constituição, interpretado indevidamente como um dispositivo que autorizaria um intervenção militar no país – prevê um conjunto de 6 etapas para, segundo a PF, “implementar a ruptura institucional após a derrota eleitoral” de Jair Bolsonaro (PL).

O documento detalhava ações que incluíam “interrupção do processo de transição”, “mobilização de juristas e formadores de opinião” e “preparação de novas eleições”. Outras medidas indicavam “anulação das eleições”, “prorrogação dos mandatos”, “substituição de todo TSE” e, sob o tópico “Estado Final Desejado Político (EFD Pol)”, o texto afirmava explicitamente: “Lula não sobe a rampa”.

A etapa final, batizada de Estado Final Desejado Político, estabelecia que “Lula não sobe a rampa”.

Manuscrito apreendido pela PF com assessor de Braga Netto – Foto: Reprodução

Fonte: G1

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