POÇO BRANCO: BERG SANTINO UM CONTADOR DE HISTÓRIAS,COM H OU E, DESCUBRA


MEU CASAMENTO FOI SALVO POR UMA MENTIRA!

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Isso é verdade! 
Esta é uma história exemplar. só não está muito claro qual é o exemplo! 
Em 1996 estava com 10 anos de casado, o casamento em crise, pois alguém tinha dito pra minha “véia “ que eu tava namorando, e todo dia a mesma conversa, ”diga a verdade, só quero que você fale a verdade” e eu não ia assumir uma coisa que não fiz!. 
Nesse período fui transferido pra fazer um trabalho do IBGE em Ceará-Mirim, aumentando ainda mais a desconfiança dela, pois naquele tempo um rapaz de moto chamava muito a atenção das meninas, mas todo dia chegava as cinco da tarde, pra evitar desconfiança.
e fazendo um trabalho de campo em massangana num dia chuvoso o carro atolou, e na luta pra desatolar o carro , perdi a aliança e não percebi, conseguimos sair de lá umas 9 da noite, chegando a casa que servia de escritório em Ceara Mirim, fui tomar banho pra tirar a lama do corpo pra botar outra roupa, quando senti a falta da aliança, quando fui pegar a moto ela tava com o pneu furado, me indicaram um um borracheiro que fazia trabalho em casa e sai pra lá, só sei que quando sai de la pra Poço Branco já eram 11 da noite. 
No caminho pra casa comecei a pensar no que diria para a mulher. Imaginei a cena, eu entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
— você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.
E eu mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.
— O que aconteceu?
E eu contaria. Tudo, exatamente como acontecera.
— Que coisa – diria ela, calmamente.
— Não é difícil de acreditar?
— Não. É perfeitamente possível.
— Pois é. Eu…
— SEU CRETINO!
— minha véia…
— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança.
Você tirou do dedo para namorar. é ou não é? Pra sair com alguma vagabunda. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só uma imbecil, uma doida acreditaria.
— Mas, minha véia…
— Eu sei onde está essa aliança. Perdida por dentro do mato ou no tapete de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda, onde sabe-se lá você foi se encontrar com essa cachorra. Seu sem-vergonha!
E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Infelizmente não sabia como dizer, cheguei em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trabalho. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:
— Que fim levou a sua aliança? 
Ai eu disse: — Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Não vou mentir, Se você quiser acabar nosso casamento agora, eu entendo.
Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. No outro dia de manha cedo foi pra cozinha fez o café. Disse que entendia aquilo devido a crise em nosso casamento. E disse que o mais importante é que eu não havia mentido pra ela, e já que eu tinha dito a verdade, acreditava que o que estavão dizendo era mentira.
Berg Santino

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