POÇO BRANCO: SOBRE A ABERTURA DAS COMPORTAS

Jornais do RN noticiam a abertura das comportas da Barragem Engenheiro José Batista do Rego Pereira, mas  o Blog do Rocha esteve ontem  no local,  fez uma matéria e constatou a abertura das   comportas por alguns minutos, mas não foi definitivamente em virtude de não terem conseguido abrir uma passagem na parte interna que represa as águas. Agora, tenho certeza que isso é temporário e que as comportas devem mesmo serem abertas na próxima semana.



Na tarde da última sexta-feira 17, as comportas da barragem Poço Branco foram, enfim, abertas para a perenização do rio Ceará-Mirim. Originalmente, a liberação das águas deveria acontecer no dia 6 de novembro, mas em virtude de um motim dos pescadores da reunião, ela foi adiada. Desta vez, a Polícia Ambiental esteve no local para garantir que outro incidente que pudesse adiar novamente a liberação das águas acontecesse.

Com a abertura das comportas, a vazão liberada será de 450 litros por segundo. Como o rio Ceará-Mirim encontra-se em situação crítica em razão da estiagem, a liberação das águas servirá para sua perenização.

Pescadores e produtores que dependem do rio entraram em conflito por não concordarem com a abertura da comporta. Os pescadores acreditam que há a possibilidade da represa secar completamente, prejudicando quase 180 famílias que sobrevivem da pesca; os produtores, por outro lado, afirmam que a perenização precisa acontecer para poderem dar continuidade à cultura da carcinicultura, agricultura irrigada, pecuária e economia de subsistência.

Ficou acordado, então, que a barragem permanecerá aberta pelo período de um mês, tendo seus níveis monitorados pelo Insstituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn). Quando o prazo se encerrar, uma audiência pública será realizada para analisar os resultados e definir os próximos passos.

Com 8,3 milhões de m³ de volume, a barragem teve suas comportas abertas pelos últimos dez anos sem qualquer controle. Ela foi construída em 1969 para conter as cheias, mas acabou sendo utilizada pelos pescadores e produtores para outros fins; sua capacidade atual é de 6,11%, mas seu volume morto é registrado apenas quando desce até 1,5% do volume total

Postar um comentário

0 Comentários