ACABOU A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL DE HOJE


JH publica sua última edição impressa e investe agora no futuro digital

O início de um novo desafio com o objetivo de manter o mesmo sucesso da edição impressa

JH

Esta folha de papel que você segura, caro leitor, é a última edição impressa do JORNAL DE HOJE, 18 anos depois do vespertino circular pela primeira vez nas ruas de Natal. E a este repórter – o mais novo da redação – foi dada a incumbência de contar um pouco dessa história. Não se trata, porém, de um fim, ou de uma despedida. Um novo começo já é realidade através do portal jornalístico lançado na internet há um ano e meio. Desde o segundo mês de existência, o site d’O Jornal de Hoje é o segundo mais lido no Rio Grande do Norte e vai receber mais investimentos para trazer um produto diferenciado para o mercado local nos próximos meses.
“O jornalismo online é uma realidade que a gente já está vivendo. Essa mudança era mais do que esperada e não adianta ficar adiando. Toda mudança assusta, é difícil, mas chega uma hora em que é necessária”, comenta a diretora de redação Sylvia Sá. “A gente não esta encarando como um fim, mas como um novo começo da edição digital. Quando conclui minha faculdade em 2001, a gente já falava nisso. Naquela época, 14 anos atrás, praticamente não tinha sinal de internet, mas a realidade já é totalmente diferente hoje. O jornal impresso está perdendo leitores e não consegue ganhar um novo público, porque os jovens estão ligados no computador, no smartphone, no tablet. Fica difícil concorrer. Não estamos encarando como o fim de um projeto, mas o início de um novo projeto de sucesso. Já tem sido um grande sucesso”, acrescentou.
O segredo do sucesso, para o diretor administrativo Marcelo Sá é o pioneirismo buscado pela empresa. “O online não é o futuro, ele já é o presente. Então, da mesma forma que a gente antecipou, há 18 anos, o jornal vespertino, que não existia na cidade, entre os gigantes com 70, 60 anos e passamos a pautar esses jornais, agora vamos passar a fazer isso com o online”, garante.
Para tanto, o portal receberá investimentos e passará por algumas mudanças. Uma equipe com cerca de 10 profissionais, inicialmente, será a responsável por trazer conteúdo jornalístico exclusivo para os leitores, com a característica de independência de qualquer grupo político e em defesa da livre iniciativa.
O site atualmente conta com 1,5 milhão de leitores por mês, com picos de 120 mil acessos em alguns dias. Em dois meses, o leitor que quiser ter acesso ao conteúdo pagará uma assinatura com preço bastante acessível. “Já tivemos reuniões com a empresa que desenvolveu o site para realizar transformações. Teremos aplicativo para disponibilizar conteúdo em todos os dispositivos móveis, para o leitor ter acesso através do smartphone, tablet, qualquer lugar. Também haverá mudança de colunistas, novos vão entrar. Vamos ter um número de whatsapp através do qual o leitor vai poder mandar uma denúncia, uma foto, um vídeo, fazer parte da notícia”, coloca.
Outra novidade deverá ser o estúdio onde serão gravadas entrevistas diárias com autoridades de vários setores do estado. O portal vai ter equipes para cobrir cada uma das regiões da cidade. O leitor poderá optar por receber no seu email, por exemplo, fatos que aconteceram na sua região de moradia. A vantagem também é do anunciante, que poderá fazer sua propaganda para um público mais direcionado.
Uma história
O empreendimento jornalístico de Marcos Aurélio de Sá surgiu há 18 anos com uma proposta de antecipar durante o turno vespertino a notícia que os outros jornais só dariam na manhã seguinte. A ideia foi tão bem aceita que em 2005 o jornal passou a circular em duas edições, o primeira edição (matutino) e o Jornal de Hoje, que continuava no turno vespertino. O formato foi mantido até 2009. Antes do JH, a empresa ainda manteve uma revista mensal com alta qualidade editorial.
O repórter de política Joaquim Pinheiro está no jornal desde o primeiro dia. Com experiência na cobertura do setor em vários meios de comunicação da cidade, e de uma passagem pelo mundo do esporte na TV Universitária, o jornalista deixou um trabalho na iniciativa privada quando foi convidado por Marcos Aurélio de Sá para trabalhar no diário vespertino. “Eu sou muito grato. Nunca tive a liberdade jornalística cerceada, o ambiente sempre foi de respeito mútuo. Agradeço também aos políticos que são nossas fontes e aos nossos leitores que são a razão de existir o jornal”, colocou.
O diagramador Roberto Canuto também está desde a primeira edição do JH, assim como vários outros colaboradores e lembra de muito momentos importantes. “Marcos foi meu professor na faculdade e me convidou para trabalhar com ele. Sou muito grato. Esse tempo foi como uma festa. Pena que ela acabou”.

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