Como começou?
Natural de São Paulo, Clara mora desde agosto do ano passado em Leipzig, na Alemanha, onde cursa um MBA. Assim que a guerra teve início, ela ofereceu, em uma rede social, moradia para aqueles que fugissem da Ucrânia. Outras pessoas também se voluntariaram dessa forma e foi daí que surgiu o grupo.
"Rapidamente a gente viu que essa era a menor das preocupações. O grande problema era que as pessoas não estavam conseguindo sair da Ucrânia. O grupo se montou rápido para uma operação de resgate e de logística", explicou.
Clara, então, saiu da cidade e dirigiu por 15 horas até a fronteira polonesa com a Ucrânia. Lá, dormiu as duas primeiras noites dentro do próprio veículo. No domingo, conseguiu entrar na Ucrânia pela fronteira de Medyka, quando resgatou dois jogadores de futebol e a esposa de um deles.
"Entrar na Ucrânia não estava nos meus planos de vida, num momento de conflito armado, mas a gente vai porque abriu a possibilidade. Eu sabia que tinha três brasileiros ali que precisavam de resgate. Acabei entrando. Por sorte e por minha bandeirinha de papelão, a gente acabou se encontrando e consegui fazer a saída de forma segura", relatou Clara. Equipe de apoio
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