ANOTA AÍ , INFLAÇÃO A VISTA: Petróleo sobe 18% em dez dias, mas governo força Petrobras a segurar preços até 2º turno; ISSO É FATO



O petróleo disparou no mercado internacional. O barril saltou de US$ 82,50 na última semana de setembro para US$ 97,14 na manhã de sexta-feira. E a tendência é de novas altas nos próximos dias. Mas, de olho no segundo turno da eleição presidencial, o Governo impediu a Petrobras de repassar o aumento de custos à gasolina e ao diesel. A queda no preço dos combustíveis amenizou a inflação e diminuiu a rejeição a Jair Bolsonaro nos últimos meses...

Resta saber até quando os prejuízos milionários serão suportados pela estatal e por importadores privados

Mais: o prejuízo da Petrobras será repassado ao consumidor após o segundo turno?

O motivo da alta foi a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo de reduzir a produção em dois milhões de barris/dia.

Durante evento na Espanha, economistas ligados do Fórum Econômico Mundial alertaram para a iminência de um cenário idêntico ao das décadas de 1970 e 1980. Esta última ficou conhecida como a ‘década perdida’ na América Latina devido à estagnação econômica e à hiperinflação.

Ligados ao Departamento de Geoeconomia, esses economistas citaram, no final de setembro, que o aperto na oferta global de energia causado pelas mudanças climáticas, que aumentaram o uso de ares condicionados e aquecedores na Europa, já criava uma situação semelhante à crise dos anos 70 e 80

Em 1973, a Guerra do Yom Kippur opôs árabes e israelenses, agravando as relações entre Oriente e Ocidente. Agora, é o combate entre russos e ucranianos que restaura o clima de guerra fria. Nos dois momentos históricos, houve forte redução na oferta de energia. Na década de 1970, os árabes cortaram o fornecimento de petróleo ao Ocidente. Agora, a Rússia limita a oferta de gás natural à Europa.

Há 50 anos, a crise do petróleo acelerou a inflação no mundo e o remédio foi o amargo aumento real de juros, acima da inflação. Agora, o aumento no custo da energia eleva a inflação e, de novo, o remédio oferecido pelos bancos centrais é o aumento das taxas de juros. E em alguns casos, como no Brasil, os juros já subiram muito acima da inflação.


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