EFEITO LULA: Brasil é o país que mais cresceu em vendas de veículos em 2024


Brasil lidera venda de carros entre os 10 principais mercados globais. 

Brasil lidera venda de carros entre os 10 principais mercados globais. Foto: reproduçã


O mercado automotivo brasileiro registrou um crescimento significativo em 2024, com alta de 15% nas vendas de veículos novos em comparação ao ano anterior, conforme dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) nesta quinta-feira (12). Foram emplacados 2,654 milhões de unidades de veículos leves e pesados, contra 2,309 milhões em 2023, marcando o maior crescimento percentual do setor desde 2007.

O Brasil liderou o crescimento entre os 10 principais mercados globais, superando países como Estados Unidos, Alemanha e China. No ranking, o Canadá ficou em segundo lugar, com alta de 10,5%, enquanto Japão, França e Alemanha apresentaram retração. O avanço brasileiro foi impulsionado por um ciclo de investimentos de R$ 180 bilhões, considerado o maior da história do setor automotivo no país. Veja a lista: 

Brasil: 15%;

Canadá: 10,5%;

México: 9,4%;

China: 3,8%;

Índia: 3,4%;

Estados Unidos: 2,8%;

Reino Unido: 2,5%;

Alemanha: – 0,4%;

França: – 3%

Japão: – 7,2%.

Além das vendas, a produção de veículos também cresceu 10,7%, totalizando 2,574 milhões de unidades, frente a 2,325 milhões em 2023. A diferença entre o primeiro e o segundo semestre foi expressiva, com alta de 26,2% na fabricação.

Esse aquecimento do mercado refletiu no aumento de empregos no setor. Cerca de 100 mil novas vagas foram criadas ao longo do ano, totalizando 1,3 milhão de trabalhadores diretos e indiretos na cadeia automotiva.

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, classificou o resultado alcançado no governo Lula como “espetacular”. Em entrevista ao Valor Econômico, Leite afirmou que o crescimento do mercado automotivo também está associado ao impulso das importações de veículos, mas a alta de juros pode impedir ritmo do setor.

Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, classificou o crescimento como “espetacular”. Foto: Silvia Zamboni/Valor

Apesar do bom desempenho, a Anfavea revisou suas projeções para 2025 devido à alta da taxa Selic, que subiu para 12,25% ao ano. A estimativa de crescimento para os emplacamentos foi ajustada para 5,8% nos veículos leves e 2,1% nos pesados. Caso a taxa básica de juros estivesse nos 9,25% previstos no início de 2024, a produção poderia ter alcançado 3 milhões de unidades.

No comércio exterior, as importações superaram as exportações pela primeira vez desde 2015, com 463 mil veículos importados, puxados principalmente pela China, que ampliou em 415% o envio de carros ao Brasil. Já a Argentina retomou o posto de maior compradora de veículos brasileiros, com 40% de participação no mercado externo.

No segmento de tecnologias de propulsão, os carros híbridos fecharam o ano na liderança dos emplacamentos de eletrificados, seguidos pelos híbridos plug-in e, em terceiro, os 100% elétricos. O crescimento no setor foi impressionante: os elétricos avançaram 326%, enquanto híbridos plug-in e híbridos cresceram 178% e 130%, respectivamente.

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