Delegacia de Plantão de Mossoró — Foto: Pedro Hugo/Inter TV Costa Branca
A Polícia Civil está investigando um policial rodoviário federal de folga suspeito de ter agredido dois adolescentes – de 12 e 14 anos – em um condomínio em Mossoró, na Região Oeste do Rio Grande do Norte.
Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) do caso foi registrado na delegacia e o suspeito liberado. O caso passou a ser investigado pela 38ª Delegacia Distrital de Mossoró. As vítimas – assim como testemunhas – foram intimadas para depoimento.
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal disse que repudia qualquer ato de agressão e que, assim que tomou conhecimento do fato envolvendo o policial abriu procedimento interno para apurar as circunstâncias do caso.
A agressão teria acontecido na noite de sábado passado (18), segundo a Polícia Civil. O condomínio citado na denúncia fica no bairro Alto de São Manoel.
A mãe de uma da vítimas contou que os adolescentes foram agredidos na quadra de esportes do condomínio, cerca de 15 minutos depois do filho descer do apartamento para brincar.
” O interfone do meu apartamento tocou, primeiro eu não consegui entender o que meu filho estava falando, mas ele disse: ‘Mãe, sabe aquele homem que bateu da outra vez, ele me bateu de novo, desça””, disse Isabellyta Carlos, que contou que o homem já havia agredido o filho dela em outra oportunidade.
“Meu filho já foi vítima dele uma vez, de uma correção que ele fez sobre palavras, pra ensinar meu filho ‘como tratar o filho dos outros'”, disse.
Os adolescentes fugiram após as agressões – um deles pela garagem e outro tentou se esconder na guarita onde fica o porteiro. Isabellyta Carlos, mãe da adolescente, disse que o policial ainda estava no local quando ela chegou e que ele teria feito ameaças também contra ela.
“Quando eu desci, eu já vi a outra cirança toda ensanguentada. Eu fui em busca da saída co condomínio, e meu filho estava escondido na guardinha do porteiro. E o porteiro disse: ‘Suba [de volta para o apartamento], que ele está muito assustado'”, contou.
Segundo Isabellyta, o policial relatou ter sido ameaçado com um canivete pelas crianças. “E nessa hora eu questionei onde estava esse canivete, e ele disse que não sabia”, falou.
O advogado de uma das vítimas disse que vai lutar para que o crime do policial seja enquadrado durante a investigação como tentativa de homicídio.
“O indivíduo de alta estatura, bastante musculoso, praticante de artes marciais, um policial, que desferiu golpes, socos contra dois adolescentes. Então entendemos que esse caso é sim uma tentativa de homicídio e iremos atuar primeiramente agora no inquérito e no andamento do processo para que ele seja autuado por tentativa homicídio”, disse o advogado Thiago Gurgel.
Do g1/RN
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