
Os requintes de crueldade da forma como Vitória Regina de Souza foi m0rta indicam uma possível ligação com o modus operandi de facções criminosas, de acordo com o delegado responsável ela investigação, Aldo Galiano Junior. O corpo da jovem de 17 anos foi encontrado na tarde dessa quarta-feira (5/3) com sinais de t0rtura e dec4pitado, em uma área de mata de Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo.
“As raspagens do cabelo e a crueldade do ato são um sinal de facção criminosa. Porque se fosse um crime simplesmente passional, a pessoa dá cinco fac4das, três t1ros e se evade do local. Mas os requintes de crueldade são muito grandes. Inclusive a quase dec4pitação”, disse o delegado ao Metrópoles.
A polícia também investiga dois indivíduos que abordaram Vitória em um veículo momentos antes dela ser vista pela última vez. Quando a jovem estava em um ponto de ônibus na volta do trabalho, os dois ocupantes do carro gritaram para ela: “E aí vida? Tá voltando?”.
De acordo com o delegado, esses dois homens entraram em uma favela em que um “cabeção” do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso pela Polícia Civil há quatro meses. “Há um inquérito apurando essa prisão. Então, a gente está linkando todos esses dados. O que nos falta é fechar os pontos”, disse Aldo Galiano Junior. Esse veículo e outro encontrado perto da casa de Vitória foram apreendidos.
A Polícia Civil de Cajamar colheu depoimentos de 14 pessoas, entre elas o ex-namorado da vítima, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça. Ele está foragido, mas diligências estão em andamento para cumprir o mandado de prisão, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
O delegado afirmou que há inconsistências temporais do depoimento do ex-namorado em relação aos dos demais envolvidos. A fala dele “está fora de todo o contexto da cena que nós reconstituímos em termos de horário”, informou o delegado.
Jair Sampaio do Blog
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