Bolsonarista André Valadão cria banco digital para fiéis e pastores


O ex-presidente Jair Bolsonaro e o pastor André Valadão, líder da Igreja Lagoinha. Foto: Reprodução

O bolsonarista André Valadão lançou o Clava Forte Bank, fintech voltada a fiéis, pastores e instituições religiosas. Segundo o próprio site da empresa, trata-se de uma “fintech dedicada a oferecer soluções financeiras seguras e inovadoras para instituições cristãs, igrejas e pastores”.

A iniciativa é administrada pelo líder da Igreja da Lagoinha e por sua esposa, a influenciadora Cassiane Montosa Pitelli Valadão.

Página inicial do Clava Forte Bank, fintech criada por André Valadão – Foto: Reprodução

Fundada em março de 2024, a empresa começou a operar recentemente. A fintech não é registrada como banco pelo Banco Central nem integra a Febraban. A assessoria do projeto afirma que se trata de um correspondente bancário, oferecendo serviços como bank as a service para igrejas e líderes religiosos. A sede funciona no mesmo prédio da Lagoinha.

A plataforma oferece cartões pré-pagos, gestão de contas digitais e linhas de crédito voltadas a entidades cristãs. Também há serviços como seguros, cashback e marketplace. Para abrir uma conta, é necessário um código de convite. Nem o número de clientes nem o volume de recursos movimentados foram divulgados. 

Nas redes sociais, o Clava Forte se apresenta com o compromisso de apoiar financeiramente os projetos do que chama de “Reino de Deus”.

Além do novo empreendimento, Valadão vem ganhando holofotes por sua aproximação com emissoras como Globo e SBT, que têm buscado o público evangélico como estratégia diante da crise de audiência. A Globo, inclusive, negocia parcerias para exibir eventos da Igreja Lagoinha no Multishow e no Globoplay.

Vale lembrar que o religioso de extrema-direita é o mesmo que, em julho de 2023, disse que “Deus mataria” a população LGBTQIA+ se pudesse. Já em junho de 2024, ele foi questionado sobre o que diria a um estuprador arrependido e respondeu: “não há malignidade, perversidade, que o amor de Deus não seja maior”.


DCM

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