Freira brasileira “bonita demais” perde cargo e busca justiça no Vaticano

Freira brasileira "bonita demais" perde cargo e busca justiça no Vaticano - Foto: Divulgação/Vaticano

Aline Pereira Ghammachi, freira brasileira de 41 anos, natural de Macapá (AP), foi afastada do cargo de madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, na Itália, no dia 21 de abril de 2025. A data coincidiu com o anúncio da morte do papa Francisco. O afastamento ocorreu após uma denúncia anônima enviada ao Vaticano em 2023, que apontava supostos casos de maus-tratos, abuso de poder e desvio de recursos voltados à manutenção do mosteiro. A freira nega todas as acusações.

Em entrevista ao portal g1 nesta segunda-feira (12), Aline Ghammachi afirmou que está recorrendo da decisão e acredita estar sendo vítima de perseguição. Ela também relatou comentários que classificou como discriminatórios, atribuídos ao abade-chefe da ordem, frei Mauro Giuseppe Lepori. Segundo Aline, o frei teria afirmado que ela não seria ouvida no Vaticano por ser mulher, brasileira e bonita.

A freira permanece na Itália e informou que entrou com recurso contra a decisão no Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, instância máxima da Justiça canônica da Igreja Católica. De acordo com Aline, a prestação de contas referente aos cinco anos em que esteve à frente do mosteiro foi apresentada e validada por uma auditoria realizada pela diocese local.

Após o afastamento de Aline, cinco freiras procuraram a polícia italiana para relatar suposta violência psicológica praticada pela nova responsável pela gestão do mosteiro. Desde a saída da madre brasileira, 11 religiosas deixaram a instituição.

Com informações de g1

Postar um comentário

0 Comentários