
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou para este domingo (29) uma nova manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, com a presença de importantes aliados políticos, incluindo governadores com aspirações presidenciais para 2026. O evento ocorre semanas antes do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre o processo que investiga a suposta trama golpista liderada por Bolsonaro após as eleições de 2022.
Entre os chefes do Executivo estadual confirmados estão Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC) e Cláudio Castro (PL-RJ), que levará seu candidato ao governo fluminense em 2026, Rodrigo Bacellar. Já Ratinho Jr. (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) não comparecerão – o primeiro está em viagem pela Ásia, enquanto o segundo se encontra em Lisboa.
O ato, organizado pelo pastor Silas Malafaia, marca mais uma tentativa de Bolsonaro demonstrar força política enquanto enfrenta processos judiciais. Diferentemente das manifestações anteriores, que tinham como principal bandeira a “anistia” aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, o foco agora se desloca para pautas genéricas como “liberdade” e “justiça”.
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, afirmou que mais de 60 deputados e 18 senadores devem comparecer. No entanto, a adesão parece menor que em eventos anteriores – em abril, mais de 100 políticos marcaram presença no mesmo local, onde se reuniram cerca de 44,9 mil apoiadores, segundo estimativas.
Além de Ratinho Jr. e Caiado, outros nomes relevantes não participarão do evento. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), está em missão oficial na Itália e só retorna no domingo à noite. Seu vice, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), representará a gestão municipal e convidou prefeitos do interior, como Marcelo Lima (Podemos) de São Bernardo do Campo e Daniel Martini (PL) de Atibaia.

Saúde de Bolsonaro preocupa aliados
O ex-presidente segue enfrentando problemas de saúde. Diagnosticado com pneumonia viral no último sábado (21), ele continuou apresentando sintomas durante entrevista nesta quarta (25), quando soluçou repetidamente – condição que atribui às sequelas da facada sofrida em 2018. Mesmo assim, afirmou estar disposto a “fazer sacrifícios” pela causa.
Apesar da inelegibilidade até 2030, Bolsonaro mantém influência decisiva no cenário político. Seu apoio é cobiçado por possíveis candidatos em 2026, como Tarcísio e Zema, que buscam consolidar suas bases no eleitorado de direita.
DCM
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