Em mais um capítulo da escalada militar no Oriente Médio, Israel realizou neste domingo (15) um bombardeio que matou o chefe de inteligência da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Kazemi, e outros dois generais da elite militar iraniana.
As informações foram confirmadas pela agência estatal IRNA e pela própria Guarda Revolucionária, que classificou os ataques como “assassinatos”. Além de Kazemi, morreram os generais Hassan Mohaghegh e Mohsen Bagheri.
Com essas novas mortes, o número total de oficiais da Guarda mortos nos recentes ataques israelenses chega a 11. Mais cedo, a organização havia confirmado a morte de outros oito integrantes, incluindo o general Amir Ali Hajizadeh, comandante da Força Aeroespacial iraniana.
Os bombardeios israelenses têm como objetivo frear o avanço do programa nuclear iraniano, segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em entrevista à rede Fox News, Netanyahu afirmou que o exército israelense destruiu a principal instalação de enriquecimento de urânio do Irã, sem especificar o local exato.
Na sexta-feira (13), uma série de ataques israelenses já havia causado baixas significativas ao alto escalão militar do Irã. Oito oficiais da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária foram mortos enquanto participavam de uma reunião em um centro de comando subterrâneo. Entre os alvos estavam cientistas nucleares e altos comandantes militares.
A ofensiva israelense foi interpretada como uma tentativa direta de inviabilizar o desenvolvimento de uma possível arma atômica por parte de Teerã. O Ministério da Defesa de Israel confirmou os ataques e destacou que a ação visava estruturas críticas do programa balístico e nuclear iraniano.
Neste domingo, novos ataques foram registrados. A Força Aérea de Israel anunciou uma “onda de bombardeios” contra instalações de mísseis no oeste do Irã. Em resposta, o Irã lançou mísseis balísticos contra o território israelense, alguns dos quais ultrapassaram as defesas aéreas e atingiram cidades no norte, centro e sul do país.
As sirenes de ataque aéreo voltaram a soar em regiões como Tel Aviv, Jerusalém e Haifa, enquanto os combates se intensificam em ambos os lados. Além da capital iraniana, Teerã, outras áreas estratégicas também foram alvos de jatos israelenses, que atingiram depósitos de combustível e instalações militares.
Até o momento, ao menos 80 pessoas morreram no Irã em decorrência dos bombardeios israelenses. Do lado israelense, foram contabilizadas 14 mortes. A guerra, que começou oficialmente na sexta-feira (13), já atingiu as principais capitais envolvidas, como Teerã, Jerusalém e Tel Aviv, e não dá sinais de trégua.
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