
Segundo levantamento da Quaest realizado em junho de 2021, Lula liderava com folga a corrida presidencial de 2022 com quinze meses antes das eleições. O então ex-presidente aparecia com 43% das intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro somava 28%. Ciro Gomes vinha em terceiro lugar, com 10%.
Atualmente, uma nova pesquisa da Quaest mostra Lula com 41% das intenções, e os principais nomes da direita distribuídos na faixa dos 30%. A movimentação no cenário eleitoral ocorre a pouco mais de um ano da metade do mandato presidencial, com o debate público cada vez mais voltado para 2026.
Em 2022, mesmo com vantagem expressiva nas pesquisas anteriores, Lula e Bolsonaro terminaram o primeiro turno praticamente empatados. A diferença registrada nas urnas foi pequena, contrariando os números divulgados um ano antes da disputa. O histórico reforça a cautela na leitura de levantamentos feitos no período pré-eleitoral.

Na última quinta-feira (10), a Quaest iniciou uma nova rodada de entrevistas para medir a aprovação do governo. A pesquisa, encomendada pelo banco Genial Investimentos, ouvirá 2.004 pessoas de todas as regiões do país até domingo (13). Os resultados serão divulgados na quarta-feira desta semana (16), e os levantamentos passarão a ser mensais a partir deste mês.
A nova rodada de sondagens será feita após uma leve recuperação na imagem do presidente Lula, captada pela Atlas Intel na última terça-feira (8). Segundo esse instituto, a aprovação do governo subiu dois pontos percentuais, enquanto a desaprovação apresentou queda.
Houve também um crescimento nas avaliações regulares da gestão, indicando uma melhora na percepção popular sobre o desempenho do governo. O avanço foi mais notável entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos, público-alvo das recentes estratégias de comunicação do Planalto.
Essas estratégias incluem discursos contrários à concentração de riqueza, críticas às apostas online e à atuação de grandes bancos, especialmente após a repercussão negativa da revogação do decreto sobre o IOF. O objetivo é recuperar o apoio de segmentos populares.
A pesquisa da Quaest também abordará o cenário econômico sob a ótica da população, incluindo temas como preços dos alimentos, renda, otimismo com a economia e prioridades do governo. A intenção é verificar se as ações recentes do Executivo impactaram a base eleitoral, além de captar os efeitos da instabilidade entre Executivo e Congresso nas últimas semanas.
DCM
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