Médico e mãe viram réus por envenenar esposa para escapar da partilha de bens


Luiz Antônio Garnica, Larissa Rodrigues, Elizabete Arrabaça, Ribeirão Preto, SP. Foto: Reprodução/g1

O médico Luiz Antonio Garnica e sua mãe, Elizabete Arrabaça, viraram réus pelo feminicídio da professora de pilates Larissa Rodrigues, morta por envenenamento em março deste ano em Ribeirão Preto (SP). Segundo denúncia aceita pela Justiça, mãe e filho agiram de forma premeditada para evitar a partilha de bens após Larissa descobrir a traição do marido e manifestar desejo de se divorciar. Ambos estão presos preventivamente desde 6 de maio.

De acordo com o Ministério Público, o crime foi motivado por razões patrimoniais e pelo relacionamento extraconjugal mantido por Garnica, que chegou a pagar uma mesada à amante e realizou buscas online sobre compatibilidade amorosa entre os signos “leão e aquário”, que representavam ele e a mulher com quem mantinha o caso. A denúncia aponta que o plano inicial era envenenar Larissa aos poucos, mas diante da ameaça de separação imediata, os acusados administraram uma dose letal.

Laudos e depoimentos revelam que Garnica impediu a esposa de buscar atendimento médico mesmo após ela apresentar sintomas de intoxicação. Elizabete, que sabia da traição, fingia cuidar da nora enquanto participava da execução do crime. O médico ainda tentou manipular a cena do crime e avisou a amante da morte 15 minutos antes da chegada do Samu, segundo a promotoria.

O MP denunciou Garnica por feminicídio qualificado, fraude processual e Elizabete por coautoria do crime. A acusação destaca a frieza do médico, que apresentou a amante à mãe um mês após o assassinato. Agora, a Justiça aguarda o andamento do processo, ainda sem data marcada para julgamento.

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