Marcelo Johnny Viana Bastos, de 32 anos, conhecido como Pica-Pau, era um dos criminosos mais procurados do Rio Grande do Norte. Foragido da Justiça, ele foi morto com um tiro na cabeça durante uma operação que durou mais de 20 horas, na manhã de domingo (27), no bairro Portal do Sol, em Extremoz, na Grande Natal.
A ação foi coordenada pela Polícia Civil, por meio da DEICOR, e contou com apoio do BOPE, Batalhão de Choque, PRF e até helicóptero da Secretaria de Segurança do RN. Durante o confronto, seis agentes ficaram feridos — quatro policiais civis e dois militares.
Ordem cronológica da ocorrência
O cerco começou por volta das 11h da manhã do sábado (26), quando os policiais chegaram à casa para cumprir mandados de prisão contra Marcelo e dois comparsas envolvidos em assaltos a banco. A quadrilha reagiu com tiros de grosso calibre e bombas.
Durante a troca de tiros:
Os dois comparsas de Marcelo foram os primeiros a serem abatidos ainda no sábado, incluindo Cláudio Ferreira dos Santos, o Bode Rouco.
Jamile Xavier da Silva, namorada de Marcelo, tentou entrar no imóvel durante o confronto, foi atingida e morreu a caminho do hospital.
Por fim, Marcelo Pica-Pau foi morto no início da manhã de domingo (27), com um tiro na cabeça, segundo as forças de segurança.
A casa ficou completamente destruída, com dezenas de marcas de disparos. A operação mobilizou grande efetivo e repercutiu intensamente nas redes sociais.
Histórico criminal: uma ficha extensa e violenta
Marcelo acumulava condenações e mandados de prisão preventiva em aberto. Desde 2007, ele respondia por crimes como
Roubo e formação de quadrilha
Arrombamentos e uso de explosivos
Os processos tramitavam nas comarcas de Extremoz, Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante e Canguaretama. Apenas um deles chegou a julgamento: em 2017, ele foi condenado a 19 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de roubo e formação de quadrilha. Marcelo nunca cumpriu a pena e seguia foragido desde então.
Crimes atribuídos a Marcelo Pica-Pau
A Polícia Civil atribui ao criminoso a liderança de uma organização criminosa especializada em assaltos a banco, com atuação semelhante ao Novo Cangaço. Entre os crimes investigados, estão:
O assassinato da jovem Bruna Assunção, de 27 anos, em Ceará-Mirim, durante tentativa de assalto no dia 6 de julho — caso que gerou grande comoção pública.
O assalto a um carro-forte, em agosto de 2024, no estacionamento de um supermercado da Zona Sul de Natal (bairro Capim Macio), que resultou na morte do vigilante Janielson Carvalho Correia.
Execuções na cidade de Touros e em outras regiões da Grande Natal, conforme apuração da DHPP.
Atuação com armamentos pesados, explosivos e veículos roubados, além de ramificações interestaduais, especialmente em Cabo de Santo Agostinho (PE).
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