DITADURA NUNCA MAIS: As falas dos ‘perseguidos’ pela ‘ditadura’ no Brasil; se houvesse ditaduara todos estariam presos


Na ditadura militar, que os amantes e simpatizantes de Bolsonaro aplaudem, uma manifestação como a realizada ontem pedindo o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes e do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seria violentamente reprimida pelo exército. Na quele triste período da História brasileira, que durou de 1964 a 1985, o direito de reunião foi restringido pelo Ato Institucional Número 5, o AI-5. Manifestação de rua, nem pensar durante o período mais duro, entre 1968 e 1979.

O AI-5, instituído pelo presidente Artur da Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968, permitiu a cassação de políticos eleitos nas esferas federal, estadual e municipal, autorizou o presidente da República a intervir nos governos de estados e municípios e permitiu a suspensão de direitos e garantias constitucionais individuais como habeas corpus e reuniões.

Essas mesmas pessoas que negam o regime autoritário do passado, agora acusam o governo e o STF de instalar uma ditadura no Brasil. O pano de fundo é a defesa de criminosos que planejaram um novo golpe de estado, com a ajuda de militares, durante o processo eleitoral de 2022 e depois dele. A tentativa de golpe, felizmente, fracassou. Mas as leis brasileiras definem punições para quem arquiteta esse tipo de crime contra o Estado Democrático de Direito e contra a Constituição.

Neste domingo, 3 de agosto, os apoiadores de criminosos foram às ruas em diversas cidades brasileiras para protestar, xingar, insultar as autoridades constituídas democraticamente, com palavras baixas, com uma linguagem rasteira, um total desrespeito às pessoas e às famílias. Essas falas de baixo nível eram aplaudidas por uma plateia vestida de verdade e amarelo, que diz defender a moral, a família e os bons costumes.

Muitos dos manifestantes enrolavam-se em um pano de cores branca, azul e vermelho, representando a bandeira dos Estados Unidos. São patriotas brasileiros apoiadores de Donald Trump, o presidente que aplicou taxas de 50% aos produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, o que ameaça milhares de empresas por aqui. Na plateia encontravam-se diversos indivíduos defendendo a taxação, exaltando a “valentia” de Trump.

Mais uma vez, ninguém se mobilizou contra as manifestações. Nenhuma tropa da Guarda Municipal, nenhum grupamento da Polícia Militar, nenhum delegado da Polícia Federal, nenhum batalhão do Exército foi destacado para sequer observar a manifestação. Nada de proibição. Todos os que quiseram usaram o microfone da forma que bem entendeu.

Lula dormia o sono dos justos, enquanto os manifestantes pediam o impeachment dele. Alexandre de Moraes curtia seu dia de folga, enquanto os mais exaltados o xingavam nos microfones dos trios elétricos.

As manifestações esvaziadas foram realizadas na maior normalidade, o que não deixa dúvidas de que o Brasil goza da mais vigorosa normalidade democrática.

O governo não ataca a imprensa, mesmo os veículos que divulgam informações falsas contra autoridades.


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