
Rosana Maciel Gomes, de 52 anos, uma das condenadas pelos ataques de 8 de janeiro em Brasília, foi deportada dos Estados Unidos nesta sexta-feira (1º) e deve ser presa imediatamente ao desembarcar no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Ela integrava um grupo de quatro brasileiras detidas na fronteira do México com o Texas em janeiro de 2025, quando tentavam entrar ilegalmente nos EUA.
m entrevista ao Uol em abril, de dentro da penitenciária da Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) dos EUA, Rosana reclamou das condições do local: “Eles não me deram socorro. Fiquei três dias passando mal com problema de pulmão. Quase morri. Aqui a gente come até comida vencida”.
Ela também afirmou que os telefonemas da detenção custavam US$ 0,37 (R$ 2,05) por minuto, valor que não podia pagar.

A deportação ocorre um dia após a posse do presidente Donald Trump, que prometeu medidas duras contra imigrantes ilegais. Documentos obtidos pelo Uol mostram que a ICE, polícia imigratória dos EUA, já havia informado em abril às autoridades brasileiras que estava pronta para deportar as quatro brasileiras detidas no Texas. Até agora, Rosana e Cristiane da Silva já foram repatriadas.
O advogado de Rosana, Hélio Ortiz Júnior, afirmou que vai pedir a transferência da cliente para uma carceragem em Goiânia, perto de seus familiares.
Ele também pretende solicitar o regime semiaberto, argumentando que mesmo fugitiva, Rosana terá direito a reduzir sua pena através de trabalho e estudo. “A gente vai poder trabalhar na remissão [redução de dias de prisão] dentro do possível para abater as penas”, disse o defensor.
Durante sua fuga, Rosana criou um perfil nas redes sociais na Argentina, onde postou mensagens de fé e esperança acompanhadas da bandeira estadunidense: “Não fique preso ao passado. Você está agora diante de uma nova experiência. Dedique-se a ela de corpo e alma, e verá surgir o próximo degrau de evolução”.
A condenação de Rosana é definitiva, sem possibilidade de novos recursos. Em seu processo, ela sempre negou ter participado dos atos de vandalismo no Palácio do Planalto: “Quando entrou no Palácio do Planalto, viu que os bens públicos estavam danificados e não danificou qualquer bem, tanto que ficou em estado de choque de ver uma situação daquela”.
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