BOLSONARO já desejou que Dilma morresse de câncer; ouça o ÁUDIO


O ex-presidente Jair Bolsonaro internado. Foto: reprodução

Diagnosticado com câncer de pele nesta quarta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desejou a morte de Dilma Rousseff em 2015 durante o processo de impeachment contra ela: “Espero que o mandato dela acabe hoje, infartada ou com câncer, ou de qualquer maneira”.

Além da “torcida pelo câncer”, Bolsonaro desejou a morte de opositores em diversas ocasiões, como em 2018, durante sua campanha presidencial, que bradou o desejo de “metralhar a petralhada do Acre”. Relembre a fala de Bolsonaro sobre Dilma:

O médico Claudio Birolini, responsável por acompanhar sua saúde, confirmou nesta quarta-feira (17) que exames recentes apontaram duas lesões compatíveis com carcinoma de células escamosas, em estágio inicial. O resultado veio após uma sequência de internações em Brasília motivadas por crises de soluços, vômitos e queda de pressão arterial.

“Duas das lesões vieram positivas para o carcinoma de células escamosas, que não é nem o mais bonzinho e nem o mais agressivo, mas, ainda assim, é um câncer de pele”, explicou Birolini. Segundo ele, o laudo indicou que as células estão “in situ”, ou seja, ainda localizadas no tecido original, sem sinais de metástase.

O médico destacou que as lesões, localizadas no tórax e em um dos braços, são “precoces” e exigem apenas acompanhamento periódico.

O diagnóstico foi feito a partir de oito lesões removidas em procedimento realizado no domingo (14). Na ocasião, Bolsonaro passou cinco horas no Hospital DF Star, em Brasília. O ex-presidente voltou à unidade na terça (16), quando apresentou novo mal-estar e passou a noite em observação.

De acordo com Birolini, a internação desta semana foi motivada pela necessidade de novos exames clínicos e laboratoriais. Além da confirmação do carcinoma, os médicos identificaram anemia por deficiência de ferro e resquícios de pneumonia recente, detectados por tomografia de tórax. O tratamento inclui reposição de ferro por via endovenosa, além de medidas já adotadas contra hipertensão, refluxo e prevenção de broncoaspiração.

O diagnóstico chega em meio ao cenário de maior fragilidade política do ex-presidente. Na última semana, Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, formação de organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Desde agosto, ele cumpre prisão domiciliar em Brasília, mas as recentes idas ao hospital aumentam a pressão por avaliações mais detalhadas sobre suas condições de saúde.

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