
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio deflagraram nesta quarta (24) a Operação Blasfêmia contra um esquema de estelionato religioso via telemarketing. O grupo, liderado por Luiz Henrique dos Santos Ferreira, conhecido como Pastor ou Profeta Santini, cobrava até R$ 1.500 por supostos “milagres” e “curas” e teria movimentado R$ 3 milhões em dois anos.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas, sequestro de bens e uso de tornozeleira eletrônica. Ao todo, 23 pessoas viraram rés por crimes como estelionato, charlatanismo, curandeirismo e lavagem de dinheiro.
Santini foi abordado em sua casa, na Barra Olímpica, onde a polícia apreendeu R$ 32 mil em espécie, moedas estrangeiras, sete celulares, cartões bancários de terceiros e um simulacro de pistola. O pastor alegou perseguição religiosa e disse ter mais de dez anos de atuação em igrejas.
O esquema usava a internet e o WhatsApp para atrair fiéis. Santini, com nove milhões de seguidores nas redes sociais, divulgava vídeos religiosos com números de contato. Quando alguém buscava oração, recebia áudios pré-gravados seguidos de pedidos de contribuições via PIX, que variavam entre R$ 20 e R$ 1.500. O dinheiro não ia para contas de igreja, mas para pessoas ligadas ao grupo.
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