A cúpula das Forças Armadas avalia que nenhum dos militares réus no julgamento da trama golpista ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
A análise envolve os generais da reserva Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, além do almirante Almir Garnier Santos, que fazem parte do grupo de sete acusados do chamado “núcleo crucial” do golpe.
Segundo integrantes da caserna, as provas reunidas pela Polícia Federal (PF) e os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) indicam condenação para todos os militares.
A expectativa é de que o STF imponha penas em regime inicial fechado, com possibilidade de progressão para prisão domiciliar posteriormente. A única dúvida gira em torno do general Augusto Heleno, de 77 anos, que pode ter tratamento diferenciado por causa da idade.
Os militares do núcleo principal respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Para a alta cúpula militar, trata-se de um caso da Justiça, e cabe exclusivamente ao Supremo decidir sobre as responsabilidades. Mesmo com o discurso de separar as acusações individuais da imagem das Forças Armadas, há receio de reflexos institucionais.
O foco é tentar afastar a instituição do caso, mantendo a tônica de separar as pessoas físicas dos militares acusados de golpe.
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