Durante a reunião, Eduardo esteve acompanhado do golpista Paulo Figueiredo. Segundo aliados, os dois comentaram com ironia a recente aproximação entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que há uma “narrativa de que Trump ama Lula”.
O tema tem causado desconforto entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que viam em Eduardo o principal interlocutor com a Casa Branca.
Em vídeo nas redes sociais, ao lado do golpista Paulo Figueiredo, Eduardo afirmou que esteve no “prédio do State Department” fazendo “o nosso trabalho de atualizações, trazendo as perspectivas e tudo mais que for necessário para esclarecer tudo aquilo que realmente ocorre no Brasil”.
“Eu acho que para as pessoas que falaram que você tinha sido escanteado, não era mais recebido, agora era só a química do Lula, etc, etc, eu acho que cai um pouco por terra essa narrativa”, disse o neto do ditador João Baptista Figueiredo. “Continuamos sendo maravilhosamente bem recebidos, falamos bastante sobre as nossas perspectivas sobre o Brasil, sobre qual é a situação política atual, os avanços que houveram e os avanços que não houveram no país em relação à questão da anistia, né?”.
Aposta em Rubio e tentativa de pressão
De acordo com fontes próximas ao deputado, o “Bananinha” e seus aliados apostam em Marco Rubio para manter as exigências impostas ao Brasil como condição para reverter as tarifas americanas — entre elas, uma possível anistia que poderia beneficiar Bolsonaro.
A reunião foi interpretada como uma tentativa do grupo de reforçar sua influência nos bastidores da relação entre Washington e Brasília.
Aproximação Lula-Trump
A interlocução direta entre Lula e Trump tem sido vista como um golpe na influência de Eduardo sobre o governo americano. O próprio Trump afirmou, na terça-feira (14), que teve uma “conversa muito boa” com o presidente brasileiro e relembrou o encontro entre os dois durante a Assembleia Geral da ONU, no mês passado.
No dia seguinte, Lula comentou o diálogo de forma bem-humorada, dizendo que “pintou uma indústria petroquímica” entre os dois — uma brincadeira com a expressão usada por Trump para definir a aproximação.
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