A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira, 1º, o projeto que isenta do Imposto de Renda salários de até R$ 5 mil mensais. A proposta é prioridade do governo e recebeu 50 emendas parlamentares, segundo a CNN Brasil.
O texto original prevê compensação fiscal por meio da tributação de rendas anuais acima de R$ 600 mil, conforme a Agência Brasil. A medida tem impacto estimado em 30 milhões de contribuintes.
A disputa está na forma de financiar a renúncia. Deputados da oposição apresentaram mudanças que podem reduzir a taxação sobre rendas mais altas. Integrantes da base governista afirmam que, se isso ocorrer, será necessário buscar novas fontes de receita, o que pode pressionar áreas como saúde e educação.
“O projeto foi construído para beneficiar a maioria dos assalariados. Se a taxação dos mais ricos for retirada, a isenção pode ficar comprometida”, disse o deputado Rogério Correia (PT-MG), em entrevista ao portal ICL Notícias.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que o texto “chega muito forte ao Plenário” e deve mobilizar a Casa. O governo intensifica negociações para evitar mudanças que alterem a espinha dorsal da proposta.
Veja como vão ser os descontos de IR se a proposta for aprovada:
- Até R$ 5.000: isenção total, economia anual de até R$ 4.356,89;
- Até R$ 5.500: isenção de 75%, economia anual de até R$ 3.367,68;
- Até R$ 6.000: isenção de 50%, economia anual de até R$ 2.350,79;
- Até R$ 6.500: isenção de 25%, economia anual de até R$ 1.333,90;
- Até R$ 7.000: economia anual de até R$ 605,86;
- Acima de R$ 7.350: As alíquotas progressivas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%, permanecem conforme é hoje em dia, sem aumento.
Pela tabela do Imposto de Renda em vigor, hoje estão isentos de pagar Imposto de Renda os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 3.036.
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