Fundado para ser grande e dar orgulho ao Rio Grande do Norte, o América começou a sentir necessidade de ter seu espaço próprio, após a inauguração do estádio Juvenal Lamartine. Moderno e bem estruturado para época a nova praça esportiva do Tirol trouxe o glamour para o futebol, as partidas ganharam importância, as competições locais mais status, os jornais passaram a conceder maiores espaços para o esporte e o crescente número de torcedores, obrigou a diretoria do clube a buscar uma alternativa para reunir seus admiradores em um local mais amplo, uma vez que as sedes, antes improvisadas nas residências de alguns dirigentes, já não comportavam mais.
A sede social da Rodrigues Alves foi projetada pelo arquiteto português Delfim Fernandes Amorim e representou uma nova era para o futebol do Rio Grande do Norte
O primeiro e decisivo passo para construção ocorreu em 1929, quando o terreno na Rodrigues Alves foi adquirido em definitivo ao governo do estado pela quantia de 9 mil Réis. O fato ocorreu durante a gestão do presidente José Gomes da Costa.
Filho do dirigente, o historiador Carlos Roberto de Miranda Gomes, conta que o pai (José Gomes da Costa) se reuniu com mais três amigos para juntar o dinheiro e comprar o terreno. “Esse grupo de quatro torcedores americanos pagou os 9 mil Réis ao governo e a direção do América passou algumas promissórias a eles para devolver o montante. Só que eles nunca quiseram receber um centavo”, frisou Carlos Roberto.
Em 1958, Heriberto mandou vir do Recife o arquiteto português Delfim Fernandes Amorim que, enfim, fez o desenho do então maior sonho alvirrubro. O projeto começou a sair do papel apenas em 1961 e foi entregue como presente pela passagem dos 51 anos do clube no dia 14 de junho de 1964. Para o atual presidente do conselho deliberativo do América, cada personagem descrito na placa de inauguração da sede social deve ser encarado como verdadeiros ícones do clube, pois através do trabalho deles, milhares de americanos recuperaram a autoestima e passaram ter motivos para sentir orgulho do clube, mesmo ele afastado do futebol.
Rocha destaca que ninguém possui um grau de importância maior na história do América que Heriberto Bezerra, Humberto Pignataro, Humberto Nesi e Dilermando Machado. Mas outras figuras de tamanha grandeza também foram destacadas como Carlos José da Silva e Ruy Barreto de Paiva. “Esses deram origem ao grupo denominado cardeais americanos. Daqui a 200 anos, se esse clube ainda existir e irá existir, com toda certeza, a história deles estará atrelada a do América”, destaca o presidente do conselho deliberativo que é hoje o conselheiro mais antigo do alvirrubro.
Figura sempre presente nos momentos mais difíceis do América, aceitando comandar o clube quando o mesmo passava por situações delicadas, o ex-presidente Jussier Santos disse existir um personagem dos mais importantes nesse contexto, mas que nunca gostou de aparecer e talvez sequer seja lembrado pelos americanos, porém tem fundamental importância no processo de construção da sede social. “Aurino Suassuna, ele era dono de toda aquela área onde hoje existe o bairro de Potilândia. Muito amigo de Humberto Pignataro ele aceitou vender toda aquela área para o clube por quatro mil Cruzeiros (moeda da época). Isso propiciou que Humberto Pignataro loteasse o terreno adquirido e cujo produto acabou sendo a principal fonte de recursos para construção da sede social”, acrescenta Jussier.
Esporte amador
Além do futebol, o América também obteve destaque no esporte amador que no período de 1931 até 2012 entre competições onde ocupou a primeira ou a segunda colocação, conquistou 1.490 medalhas em disputas locais e também fora do estado. Com a chegada de Humebrto Nesi à presidência foi que ocorreu uma maior estruturação do esporte amador no clube, principalmente Vôlei e o Basquete.
Fernando Nesi que foi o dirigente responsável pelo lado amador do clube no período entre 1977 até 212, destaca que o América conquistou dois vice-campeonatos nacionais no Basquete, modalidade que pelos serviços prestados, ele passou a ser benemérito da Confederação Brasileira. No Futsal, o clube acumula 22 conquistas estaduais e um vice-campeonato nacional.
Arena aponta para caminho do futuro Arena do Dragão, esse é o novo sonho americano que começou a se tornar realidade e que, em 2016, vai abrir as portas para os torcedores. O estádio que vem sendo erguido em Parnamirim, é apontado como mais uma conquista para enaltecer o orgulho dos americanos. Em sua primeira fase ele poderá abrigar até 7 mil torcedores, mas o projeto final prevê capacidade para até 15 mil e espectadores.
A Arena do Dragão deixa aos poucos de ser um sonho dos torcedores americanos e passa a ser uma realidade com o erguimento das arquibancadas e a plantação do gramado no campo de jogo
Tendo o presidente do conselho deliberativo, José Rocha, como o grande gerente do projeto e o conselheiro José Medeiros cuidando das finanças, na velocidade ideal o sonho vai se concretizando.
“O projeto está sendo tocado a várias mãos. A arena é uma criação do arquiteto Ricardo Dantas e tenho uma honra muito grande de estar trabalhando nele. Cada etapa executada provoca uma emoção indescritível”, afirma Francisco Sobrinho, diretor de Patrimônio e Obras do América.
Sobrinho ressalta que esse é o presente da torcida para o clube, dentro do seu centenário, uma vez que o projeto está sendo tocado exclusivamente com recursos oriundos da venda de cadeiras e camarotes, fato que aumenta o motivo de orgulho de todos.
Mas o patrimônio do América não se resume apenas a sede social e o futuro estádio, o clube tem um Centro de Treinamento em Parnamirim, numa área adquirida, em 1977 na primeira administração de Jussier Santos, com a finalidade de se montar uma sede campestre. Mas a ideia inicial teve de ser abortada devido as novas necessidades, uma vez que para sanar parte das dívidas que ameaçavam levar à penhora parte do colosso da Rodrigues Alves, o clube teve de se desfazer da antiga Pousada do Atleta - inaugurada em 1973, com a finalidade de dar mais condições de treinamento aos jogadores e que foi vendida em 1999.
Na época já existia uma corrente de jovens conselheiros dispostos a aproveitar o dinheiro da transação para construir o estádio próprio, mas o projeto não foi aprovado pelo conselho deliberativo que optou pela construção do CT, uma vez que o clube mandava seus jogos no antigo estádio Machadão, de propriedade da Prefeitura do Natal.
O primeiro e decisivo passo para construção ocorreu em 1929, quando o terreno na Rodrigues Alves foi adquirido em definitivo ao governo do estado pela quantia de 9 mil Réis. O fato ocorreu durante a gestão do presidente José Gomes da Costa.
Filho do dirigente, o historiador Carlos Roberto de Miranda Gomes, conta que o pai (José Gomes da Costa) se reuniu com mais três amigos para juntar o dinheiro e comprar o terreno. “Esse grupo de quatro torcedores americanos pagou os 9 mil Réis ao governo e a direção do América passou algumas promissórias a eles para devolver o montante. Só que eles nunca quiseram receber um centavo”, frisou Carlos Roberto.
Em 1958, Heriberto mandou vir do Recife o arquiteto português Delfim Fernandes Amorim que, enfim, fez o desenho do então maior sonho alvirrubro. O projeto começou a sair do papel apenas em 1961 e foi entregue como presente pela passagem dos 51 anos do clube no dia 14 de junho de 1964. Para o atual presidente do conselho deliberativo do América, cada personagem descrito na placa de inauguração da sede social deve ser encarado como verdadeiros ícones do clube, pois através do trabalho deles, milhares de americanos recuperaram a autoestima e passaram ter motivos para sentir orgulho do clube, mesmo ele afastado do futebol.
Rocha destaca que ninguém possui um grau de importância maior na história do América que Heriberto Bezerra, Humberto Pignataro, Humberto Nesi e Dilermando Machado. Mas outras figuras de tamanha grandeza também foram destacadas como Carlos José da Silva e Ruy Barreto de Paiva. “Esses deram origem ao grupo denominado cardeais americanos. Daqui a 200 anos, se esse clube ainda existir e irá existir, com toda certeza, a história deles estará atrelada a do América”, destaca o presidente do conselho deliberativo que é hoje o conselheiro mais antigo do alvirrubro.
Figura sempre presente nos momentos mais difíceis do América, aceitando comandar o clube quando o mesmo passava por situações delicadas, o ex-presidente Jussier Santos disse existir um personagem dos mais importantes nesse contexto, mas que nunca gostou de aparecer e talvez sequer seja lembrado pelos americanos, porém tem fundamental importância no processo de construção da sede social. “Aurino Suassuna, ele era dono de toda aquela área onde hoje existe o bairro de Potilândia. Muito amigo de Humberto Pignataro ele aceitou vender toda aquela área para o clube por quatro mil Cruzeiros (moeda da época). Isso propiciou que Humberto Pignataro loteasse o terreno adquirido e cujo produto acabou sendo a principal fonte de recursos para construção da sede social”, acrescenta Jussier.
Esporte amador
Além do futebol, o América também obteve destaque no esporte amador que no período de 1931 até 2012 entre competições onde ocupou a primeira ou a segunda colocação, conquistou 1.490 medalhas em disputas locais e também fora do estado. Com a chegada de Humebrto Nesi à presidência foi que ocorreu uma maior estruturação do esporte amador no clube, principalmente Vôlei e o Basquete.
Fernando Nesi que foi o dirigente responsável pelo lado amador do clube no período entre 1977 até 212, destaca que o América conquistou dois vice-campeonatos nacionais no Basquete, modalidade que pelos serviços prestados, ele passou a ser benemérito da Confederação Brasileira. No Futsal, o clube acumula 22 conquistas estaduais e um vice-campeonato nacional.
Arena aponta para caminho do futuro Arena do Dragão, esse é o novo sonho americano que começou a se tornar realidade e que, em 2016, vai abrir as portas para os torcedores. O estádio que vem sendo erguido em Parnamirim, é apontado como mais uma conquista para enaltecer o orgulho dos americanos. Em sua primeira fase ele poderá abrigar até 7 mil torcedores, mas o projeto final prevê capacidade para até 15 mil e espectadores.
Tendo o presidente do conselho deliberativo, José Rocha, como o grande gerente do projeto e o conselheiro José Medeiros cuidando das finanças, na velocidade ideal o sonho vai se concretizando.
“O projeto está sendo tocado a várias mãos. A arena é uma criação do arquiteto Ricardo Dantas e tenho uma honra muito grande de estar trabalhando nele. Cada etapa executada provoca uma emoção indescritível”, afirma Francisco Sobrinho, diretor de Patrimônio e Obras do América.
Sobrinho ressalta que esse é o presente da torcida para o clube, dentro do seu centenário, uma vez que o projeto está sendo tocado exclusivamente com recursos oriundos da venda de cadeiras e camarotes, fato que aumenta o motivo de orgulho de todos.
Mas o patrimônio do América não se resume apenas a sede social e o futuro estádio, o clube tem um Centro de Treinamento em Parnamirim, numa área adquirida, em 1977 na primeira administração de Jussier Santos, com a finalidade de se montar uma sede campestre. Mas a ideia inicial teve de ser abortada devido as novas necessidades, uma vez que para sanar parte das dívidas que ameaçavam levar à penhora parte do colosso da Rodrigues Alves, o clube teve de se desfazer da antiga Pousada do Atleta - inaugurada em 1973, com a finalidade de dar mais condições de treinamento aos jogadores e que foi vendida em 1999.
Na época já existia uma corrente de jovens conselheiros dispostos a aproveitar o dinheiro da transação para construir o estádio próprio, mas o projeto não foi aprovado pelo conselho deliberativo que optou pela construção do CT, uma vez que o clube mandava seus jogos no antigo estádio Machadão, de propriedade da Prefeitura do Natal.
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