
Em sua entrevista à Crusoé, Giuseppe Janino, considerado o “pai da urna eletrônica“, afirmou a “grande sacada” na concepção do equipamento é a sua ausência de comunicação externa, como wi-fi ou bluetooth. “Para um hacker invadir a urna, ele teria de pegar uma de cada vez e tentar quebrar todas as barreiras de segurança. São barreiras físicas e mais de 30 barreiras digitais”, afirmou Janino, que foi secretário de Tecnologia do TSE. Veja abaixo como funciona a urna eletrônica.
“A realidade, apesar de toda essa avalanche de notícias falsas, é que nesses 25 anos de utilização da urna eletrônica, não há sequer um caso comprovado de fraude ou de tentativa de fraude que chegou próximo a ter sucesso.”
Como funciona a urna eletrônica?
Os votos são computados dentro de cada urna de maneira embaralhada e criptografada, para que ninguém consiga identificar quem votou em quem, e as informações ficam armazenadas dentro do equipamento. Só no final do dia de votação é que o sistema interno da urna calcula os votos e produz um arquivo chamado Registro Digital de Voto.
Então, ele é gravado numa espécie de pen drive, chamado Memória de Resultado, de uso exclusivo da Justiça Eleitoral. A Memória de Resultado de cada urna é levada por um fiscal para esse ponto físico com acesso ao sistema da Justiça Federal. Para ter acesso aos dados contido no tal “pen drive” é preciso ter uma assinatura digital, que faz a autenticação.
Por precaução, os mesmos dados contidos na Memória de Resultado continuam armazenados em um cartão de memória dentro da urna, funcionando como backup caso exista algum problema com o outro dispositivo.
Como a urna eletrônica foi projetada para ser um dispositivo isolado — ou seja, ela não está ligada à internet, a bluetooth ou a nenhum tipo de rede —, é praticamente nula a possibilidade um ataque hacker. O software da urna é um sistema Linux desenvolvido pelo próprio TSE e que não possui mecanismos de conexão à rede.
Para invadir o dispositivo, o hacker precisaria ter a posse de cada uma das urnas e violar o sistema de uma por uma. Ainda assim, para violar o software, ele precisaria vencer todas as barreiras de segurança sem que a urna automaticamente travasse. O sistema de segurança é feito em camadas e qualquer ataque gera um efeito dominó que provoca o bloqueio. Com informações de O Antagonista e UOL
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