PRESIDENTE AOS BERROS: Bolsonaro se irrita em entrevista e ataca Alexandre de Moraes e Lula aos gritos



O presidente Jair Bolsonaro (PL) se exaltou e levantou a voz ao falar sobre seu adversário na corrida ao Palácio do Planalto, o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de "pinguço", e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do STF Alexandre de Moraes. Aos gritos, Bolsonaro acusou o magistrado de cometer crime e o vinculou ao aparecimento de possíveis casos de poliomielite no país.

As declarações ocorreram durante entrevista à imprensa no Palácio da Alvorada, ao lado do apresentador José Luiz Datena. O presidente não conseguiu esconder a irritação durante uma longa explanação, em que citou diversos temas em sequência.

Ele criticou decisões do TSE e afirmou que Alexandre de Moraes cometeu um "crime" ao quebrar o sigilo telemático do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, um de seus ajudantes de ordens da Presidência da República.

— O tempo todo usando a caneta para fazer maldade, tentar me tirar de combate, para desgastar. Já desafiei o Alexandre de Moraes, que vazou a quebra de sigilo telemático do meu ajudante de ordens, que é um crime o que esse cara fez. Esse cara fez um crime. Meu ajudante de ordens, em especial o Cid, porque eu tenho quatro, é um cara de confiança meu.

Em outro trecho, ele criticou sentenças por meio das quais Moraes barrou pedidos de pronunciamento em rede nacional do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para falar da campanha nacional de vacinação da poliomielite.

— Agora a poliomielite. Pela segunda vez, Alexandre de Moraes proíbe a nossa propaganda para vacinar a garotada de pólio. O Alexandre, pela segunda vez, proíbe o Ministério da Saúde de realizar uma campanha de vacinação de pólio. Vai ter criança, certamente, que vai ser infectada e vai ter problemas pelo resto da vida. Por uma questão pessoal do Alexandre de Moraes. Para começar a dizer que o pessoal não quer vacina.

O Globo

Em outro momento, Bolsonaro atacou Lula, seu adversário no segundo turno das eleições presidenciais, afirmando que ele carrega um "rastro de corrupção".

— Se vocês botarem um pinguço para dirigir o Brasil, um cara sem qualquer responsabilidade, que tem um rastro de corrupção, um rastro de deboche para com a família brasileira, de ataques a padres, a pastores, de ataques a Forças Armadas, de ataques a policiais, vocês acham que vai dar certo? — disse Bolsonaro, dirigindo-se a jornalistas.

O presidente também afirmou que Lula não apresentou quem faria parte do seu governo, citando um possível retorno do ex-ministro José Dirceu.

— Compare, veja os meus ministros e os futuros ministros de Lula. Ele não fala quem vai ser, ele não diz quem vai ser. Está na cara que o José Dirceu deve estar na Segov (Secretaria de Governo), Gleisi Hoffmann na Casa Civil, Dilma na Minas e Energia. Vai trazer essa quadrilha de incompetentes para comandar o Brasil. Não vai dar certo.


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