O swing, prática consensual que envolve troca de casais em busca de novas experiências sexuais, está deixando de ser tabu no Brasil. De norte a sul, de grandes capitais a cidades menores, o estilo de vida está ganhando espaço. Para entender melhor essa revolução comportamental, o aplicativo Ysos, especializado em conectar pessoas interessadas na prática, realizou um levantamento revelador. Com mais de 2 milhões de usuários, o app traçou o perfil dos adeptos em cada estado, revelando os três municípios com maior concentração de "swingueiros".
De acordo com o head de marketing do app, Gustavo Ferreira, os dados mostram que o swing já não é mais exclusividade de grandes centros urbanos. “Em todos os estados brasileiros, há cidades liderando a adesão ao movimento”, conta. Segundo Ferreira, no caso do Rio Grande do Norte, Natal, Mossoró e Parnamirim estão no topo. As três são, também, as maiores cidades do Estado.
De Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), o swing parece estar conectado por um único fio condutor: a busca por experiências que transcendam as convenções tradicionais.
Mapeando o Swing: os Destaques
O levantamento do Ysos mostrou que os dados vão além da geografia. O perfil dos usuários também oferece um retrato diverso da prática. No quesito gênero, 45% dos adeptos são casais, enquanto 38% são homens e 14% são mulheres. Outras identidades, como crossdressers e travestis, correspondem a 3% da base do Ysos.
Já em termos de preferências, as declarações de interesse selecionadas pelos usuários ao configurar seus perfis reforçam a pluralidade do swing. Casais "ele/ela" lideram as preferências (45,03%), seguidos por mulheres (27,61%) e homens (23,54%). Interesses como "casais ela/ela" (10,37%) e "mulheres trans" (10,33%), indicam uma abertura crescente para novas possibilidades dentro do universo do swing.
O Top 3 pelo Brasil
Os números também ajudam a identificar tendências regionais. No Nordeste, por exemplo, cidades como Salvador, Fortaleza e Recife lideram em número de usuários. Já no Sul, capitais como Curitiba e Porto Alegre dividem o espaço com cidades interioranas como Caxias do Sul e Londrina.
No Centro-Oeste, Brasília, Goiânia e Cuiabá são os principais polos. No Norte, além de Manaus e Belém, cidades menores como Manacapuru (AM) e Parauapebas (PA) mostram que a prática vai além das capitais. E no Sudeste, São Paulo, Belo Horizonte e o Rio de Janeiro destacam-se como os grandes epicentros.
Faixa Etária e o Futuro do Swing
A faixa etária dos praticantes também chamou atenção. A maioria (37,40%) está entre 25 e 34 anos, seguidos por usuários de 35 a 44 anos (28,63%). Apesar de menos expressivos, jovens de 18 a 24 anos (10,54%) e pessoas acima de 55 anos (7,50%) também mostram interesse no swing, provando que a prática não tem idade.
O Swing na Era Digital
Para Gustavo, o Ysos desempenha um papel crucial na normalização do swing no Brasil. “Nosso papel é conectar pessoas, facilitando diálogos abertos sobre o tema. O levantamento é apenas um reflexo de como a sexualidade está se transformando, incorporando novas práticas e derrubando tabus”, diz.
Confira a lista das três cidades com mais adeptos do swing em cada estado
Acre: Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Acrelândia
Alagoas: Maceió, Arapiraca e Marechal Deodoro
Amapá: Macapá, Santana e Amapá
Amazonas: Manaus, São Paulo de Olivença e Manacapuru
Bahia: Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista
Ceará: Fortaleza, Juazeiro do Norte e Caucaia
Distrito Federal: Brasília, Águas Claras e Valparaíso de Goiás
Espírito Santo: Vitória, Vila Velha e Serra
Goiás: Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis
Maranhão: São Luís, Imperatriz e São José de Ribamar
Mato Grosso: Cuiabá, Rondonópolis e Sinop
Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Dourados e Três Lagoas
Minas Gerais: BH, Uberlândia e Contagem
Pará: Belém, Ananindeua e Parauapebas
Paraíba: João Pessoa, Campina Grande e Patos
Paraná: Curitiba, Londrina e Maringá
Pernambuco: Recife, Jaboatão dos Guararapes e Caruaru
Piauí: Teresina, Parnaíba e Picos
Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Niterói e Nova Iguaçu
Rio Grande do Norte: Natal, Mossoró e Parnamirim
Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas
Rondônia: Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena
Roraima: Boa Vista, Rorainópolis e Caracaraí
Santa Catarina: Florianópolis, Joinville e Blumenau
São Paulo: São Paulo, Campinas e Guarulhos
Sergipe: Aracaju, Itabaiana e Nossa Senhora do Socorro
Tocantins: Palmas, Araguaína e Gurupi
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