Com o sepultamento do papa Francisco, ocorrido na manhã deste sábado, dia 26, em Roma, todas as atenções se voltarão definitivamente para o conclave que escolherá o próximo pontífice. Embora os ritos de despedida continuem, com a celebração dos Novemdiales (nove missas pela alma do papa falecido, celebradas diariamente até 4 de maio), cada vez mais os cardeais reunidos nas congregações gerais tratarão da organização do conclave e discutirão o perfil que gostariam de ver no próximo papa.
Os cardeais ainda não decidiram a data de início do conclave, que pode começar entre 6 e 11 de maio, segundo as regras da constituição Universi Dominici Gregis, de 1996. Bento XVI permitiu que o início fosse antecipado caso todos os cardeais eleitores já estivessem em Roma – são 135 no total, mas um deles, o espanhol Antonio Cañizares Llovera, já anunciou sua ausência por questões de saúde. O número de cardeais presentes às congregações gerais aumenta diariamente: nesta sexta-feira, foram 149, 36 a mais que no dia anterior, mas este número também inclui não eleitores; o Vaticano não diz exatamente quantos cardeais eleitores já estão em Roma, limitando-se a dizer na quinta-feira que “por enquanto, o número de cardeais eleitores presentes (...) ainda está reduzido”.
“Este conclave é ainda mais imprevisível que o de 2013”, afirmou à Gazeta do Povo o monsenhor Sérgio Costa Couto, da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Assim, é natural que muitos nomes sejam considerados candidatos fortes ao pontificado. Dois experientes vaticanistas, Diane Montagna e Edward Pentin, criaram o site The College of Cardinals Report, com perfis de todos os cardeais, e textos mais detalhados sobre os 22 nomes que eles consideram mais fortes. Os perfis têm biografias, descrevem suas carreiras dentro da Igreja, e resumem suas opiniões sobre diversos temas, incluindo aqueles considerados mais polêmicos dentro da Igreja, como a flexibilização do celibato sacerdotal, a ordenação de mulheres, as bênçãos para casais homoafetivos, as restrições à missa tridentina e o processo sinodal. A Gazeta do Povo, com exclusividade no Brasil, tem autorização de Montagna e Pentin para traduzir e publicar os perfis escritos por eles.
Leia os perfis, listados abaixo em ordem alfabética de sobrenome:
Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo)
Anders Arborelius (Suécia)
Jean-Marc Aveline (França)
Angelo Bagnasco (Itália)
Charles Bo (Mianmar)
Stephen Brislin (África do Sul)
Raymond Burke (Estados Unidos)
Willem Eijk (Países Baixos)
Péter Erdő (Hungria)
Fernando Filoni (Itália)
Kurt Koch (Suíça)
Gerhard Müller (Alemanha)
Marc Ouellet (Canadá)
Pietro Parolin (Itália)
Mauro Piacenza (Itália)
Pierbattista Pizzaballa (Itália)
Malcolm Ranjith (Sri Lanka)
Robert Sarah (Guiné)
Daniel Sturla (Uruguai)
Luis Antonio Tagle (Filipinas)
José Tolentino de Mendonça (Portugal)
Matteo Zuppi (Itália)
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