UM BANDO DE LOUCOS: Bolsonarista Júlia Zanatta ocupa cadeira de Motta com bebê de 4 meses; ATENÇÃO CONSELHO TUTELAR


A deputada Julia Zanatta (PL-SC) com bebê na Câmara
A deputada Julia Zanatta (PL-SC) com seu bebê na cadeira de Hugo Motta na Câmara Federal – Reprodução

O deputado Reimont (PT-RJ) fez uma denúncia grave nesta quarta-feira (6): parlamentares da extrema-direita estariam colocando bebês como escudo sobre a mesa da presidência da Câmara, numa tentativa desesperada de impedir a retomada dos trabalhos legislativos.

A cena ocorreu durante a obstrução promovida por bolsonaristas em reação à prisão domiciliar decretada contra Jair Bolsonaro pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A deputada Julia Zanatta (PL-SC) levou sua filha de 4 meses ao plenário e publicou um vídeo nas redes sociais com a bebê sentada na cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Estamos aqui, não vamos sair”, disse a parlamentar, comemorando o bloqueio da pauta do dia. Em tom de deboche, disse que, se dependesse dela e da filha, só iriam à votação temas como “armamento civil, prisão pra bandido e anistia”.

Para Reimont, há um limite entre protesto e irresponsabilidade. “Colocar bebês como escudo em cima da mesa da presidência da Câmara é cruzar a linha da decência. Isso não é resistência política, é espetáculo grotesco”, afirmou. Outros parlamentares também condenaram o uso de crianças em atos políticos com potencial de confronto físico ou risco institucional.

Zanatta, que antecipou o fim da licença-maternidade para participar da mobilização, justificou o gesto como forma de apresentar a filha a Brasília “em meio ao turbilhão”. Segundo ela, o momento é “injusto e cruel”. Em sua publicação, escreveu que “é difícil explicar tudo isso para as crianças”. A dificuldade, para muitos, está justamente em compreender a decisão de expor uma bebê a um ambiente deliberadamente hostil.

“Estou com a minha neném ali. Estou esperando a bolsa dela para trocá-la, inclusive. Este é um momento muito importante, por isso vim com ela para a Câmara: não podemos ser ameaçados de retirada com o uso de força policial”, disse a um jornalista da Globo.

”Estamos exercendo um direito garantido na democracia, que é o de fazer obstrução, e merecemos ser respeitados. Tenho certeza de que o Hugo Motta, que é um presidente aberto ao diálogo, vai nos respeitar, nos ouvir e pautar a anistia”.

A Câmara precisa reagir com firmeza e recuperar sua normalidade, sob pena de virar piada internacional.

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