
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem dito a interlocutores próximos que o presidente Lula (PT) está com a eleição de 2026 “na mão” e que dificilmente será derrotado. As declarações foram feitas em conversas reservadas após a divulgação da pesquisa Quaest, na quarta-feira (8), conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
O levantamento mostrou que a diferença entre aprovação e reprovação de Lula caiu 16 pontos em cinco meses, mas o petista ainda lidera com 39% das intenções de voto no primeiro turno, contra 18% de Tarcísio. Em um eventual segundo turno, Lula mantém vantagem de 12 pontos sobre o governador paulista.
Segundo relatos de aliados, Tarcísio tem afirmado que Lula caminha para a reeleição em 2026 e que, dependendo do nome escolhido pela direita, o presidente poderia até vencer no primeiro turno.
O governador, no entanto, avalia que o petista herdará um grande passivo fiscal nos próximos anos, resultado do aumento de gastos públicos e das dificuldades para equilibrar as contas.
Nos bastidores, a análise de Tarcísio ocorre logo após sua articulação contra a Medida Provisória que substituía o aumento do IOF e previa elevação de tributos. A movimentação, que levou à derrubada da MP, dificultou o plano do governo Lula de ampliar a arrecadação.

Ceticismo no Centrão sobre o discurso do governador
Apesar das declarações, líderes do Centrão interpretam o discurso de Tarcísio com cautela. Para eles, o governador tenta sair do radar político nacional e reforçar sua imagem de gestor focado em São Paulo, enquanto nega interesse em disputar o Planalto.
A avaliação entre parlamentares é que o posicionamento faz parte de uma estratégia política calculada, já que ninguém acredita totalmente na desistência de Tarcísio.
Segundo aliados e dirigentes partidários, a forma como Tarcísio atuou contra a MP foi vista como um sinal claro de que ele continua mirando a Presidência.
DCM
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