O policial Rodrigo Morais Fernandes que está por trás de investigações que abalaram a República atuou em várias operações de repercussão nacional. O delegado da Polícia Federal, que está há 22 anos na corporação, liderou a investigação que apontou uma conspiração para tomar o poder no país contra o governo democraticamente eleito em 2022, envenenar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, para não deixar chance de uma sucessão dentro das regras da Constituição, além de assassinar também o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O plano veio à tona na última terça-feira (19), com a deflagração da Operação Contragolpe, que investiga as Forças Especiais do Exército, os chamados “Kids Pretos” suspeitos de tentar colocar em prática o golpe de Estado. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares expedidas pelo Supremo no âmbito da operação.
As investigações tiveram início a partir da análise aprofundada de materiais apreendidos durante a Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro deste ano. Essa operação teve como alvos militares e ex-ministros suspeitos de envolvimento em um plano para tentar um golpe de Estado, com o objetivo de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Alguns dos presos na operação deflagrada na terça-feira já haviam sido alvos da operação anterior. Foram eles: Rafael Martins de Oliveira, major das Forças Especiais; Hélio Ferreira Lima, ex-comandante das Forças Especiais; Mário Fernandes, general reformado e ex-assessor de Eduardo Pazuello. Desta vez, também foram presos Wladimir Matos Soares, agente da PF e Rodrigo Bezerra de Azevedo, doutorando em Ciências Militares e especialista em guerra não convencional.
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