
O pastor e cantor Douglas Borges afirmou, na terça (23), que fez uma “campanha de 21 dias” de oração pedindo a morte do presidente Lula às vésperas da eleição de 2022. A declaração foi dada durante participação no “Eu Acredito Podcast”.
Segundo Borges, a iniciativa foi motivada por sentimentos de “raiva” e “carnalidade”. Ele relatou que passou madrugadas orando para que Lula não fosse eleito. O apresentador Fábio Santos chegou a comparar a postura do pastor a casos de opositores que celebraram mortes de adversários políticos, citando o extremista americano Charlie Kirk.
Em determinado momento da entrevista, Borges disse ter mudado de postura durante a vigília. Ele contou que, no vigésimo dia de orações, ao assistir a uma propaganda de Lula na televisão, teria sido tocado pelo “Espírito Santo”.
“Quando ele passou naquela tela de televisão os meus olhos se encheram de água. O Espírito Santo falou pra mim: ‘Eu não olho ele como você vê. Ele pra mim ainda é uma alma, é um filho. E se arrepender, eu tenho um novo começo pra ele’”, afirmou.
O pastor ainda deixou se dirigiu diretamente ao presidente. “Fica essa palavra pro presidente Lula. Lula, se arrependa, aceite a Jesus como salvador. Jesus é o nosso maior líder, nossa maior referência. E não há salvação em outro ser”, declarou.
Além de Lula, Borges também citou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Se arrependa, Jesus tem uma obra muito grande na sua vida. Se fosse depender de nós homens, eu acho que muita coisa tinha acontecido com você. Mas ainda bem que nosso coração não é o coração de Deus. Deus ama a sua vida, Deus te ama. Mas cuidado, tá? Deus é justiça”, disse.
O religioso se apresenta como conservador e ligado à direita bolsonarista. No entanto, durante a entrevista, afirmou que não aprova todas as atitudes do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Tem muita coisa que ele fez que eu não concordo, faltou temperamento, conversava fiado demais”, comentou.
DCM
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